“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.”
Sir isaac Newton

O universo é formado por estruturas de complexidade cada vez maior. Os planetas se agrupam em torno de estrelas para formar sistemas solares. Milhões de sistemas solares se reúnem para formar galáxias. Milhares de galáxias se entrelaçam com matéria escura para formar aglomerados. Os aglomerados se agrupam em filamentos e outras estruturas e estas se unem para formar superaglomerados, as maiores estruturas do universo.
Em 2014, descobriu-se que a galáxia na qual está nosso planeta, a Via Láctea, faz parte de um superaglomerado conhecido como Laniakea. A força de gravidade exercida por essas grandes estruturas determina o movimento das galáxias a grandes distâncias. No mesmo ano um estudo apontava que a força da gravidade exercida pelo superaglomerado de Shapley e um enorme espaço vazio a 500 anos-luz se combinam para fazer com que nossa galáxia viaje a dois milhões de quilômetros por hora em relação à velocidade constante da radiação cósmica de micro ondas, gerada depois do Big Bang.

O mapa astronômico acima não mostra estrelas, e sim galáxias - são 1,2 milhão delas, para ser exato, um novo recorde para astrônomos. Essa nova varredura 3D extraordinária do Universo oferece mais evidências de que um tipo misterioso de energia - a energia escura - é a provável causa da expansão do universo a uma velocidade cada vez maior.
O mapa abrange 650 bilhões de anos-luz cúbicos do espaço - cerca de 1/4 do céu - e exigiu o trabalho de centenas de cientistas no Baryon Oscilation Spectroscopic Survey (BOSS).

Uma nova descoberta dos astrônomos estima que o universo tenha dez vezes mais estrelas e planetas do que se imaginava até agora
Dois trilhões de galáxias

Imagine o que são 200 bilhões de galáxias, lembrando que apenas a nossa, a Via Láctea, que abriga a Terra e todo o sistema solar, tem bilhões de estrela e um diâmetro aproximado de 100 mil anos-luz. Não dá mesmo para imaginar, são números incalculáveis para quem não é fera em astronomia ou em matemática. Pois esses 200 bilhões de galáxias eram a estimativa que se fazia desde a década de 90, quando houve um estudo detalhado com o auxílio do telescópio espacial Hubble.

Para os astrofísicos teóricos Tsvi Piran, da Universidade de Jerusalém, e Raul Jimenez, da Universidade de Barcelona, o universo é um lugar muito mais solitário do que se imagina. Segundo a pesquisa, apenas 10% das 100 bilhões de galáxias do universo é capaz de habitar formas complexas de vida. Baseando-se na teoria das explosões estelares de raios gama, os astrofísicos acreditam que esse é o principal fator para que seres mais complexos que os micróbios não consigam se desenvolver. Esses eventos também sustentam a tese de que, durante bilhões de anos após o Big Bang, o universo foi um lugar completamente sem vida.
Para o físico Brian Thomas, “é surpreendente pensar que apenas 10% das galáxias podem ter vida complexa depois de cinco bilhões de anos, mas minha impressão é a de que eles provavelmente estão certos”
Segundo o trabalho, planetas que estão a 6500 anos-luz de distância das estrelas mais densas (do centro de suas galáxias) possuem 95% de chances de terem sofrido um raio gama letal nos últimos anos. Como exemplo, o sistema solar está a 27 mil anos-luz de distância do seu centro. O resultado desses cálculos mostrou que 90% dessas galáxias provavelmente já sofreram as consequências das explosões, assim gerando um possível fim da vida inteligente.
Para Piran, isso não significa que esses planetas estão sem vida nenhuma: “É quase certo que bactérias e outras formas de vida menos complexas conseguiriam sobreviver a um evento desse tipo. Mas para a vida complexa, a explosão é como um botão ‘reset’. Todo o processo teria que ser recuperado”.
Já cientistas britânicos e alemães apresentaram uma lista de nove planetas cujos possíveis moradores poderiam saber sobre a existência do nosso planeta e sobre nossa vida racional.
"Quanto maior é o planeta, mais fortemente ele tapa a luz da estrela que ele gira em torno. Por outro lado, a sua posição também influencia em sua ‘visibilidade': quanto mais perto está a estrela, mais visível o planeta se torna. Por isso, por mais paradoxal que pareça, a Terra e seus vizinhos são mais visíveis para extraterrestres do que planetas gigantes", explica britânico Robert Wells, da Universidade Queen's de Belfast.
A equipe de Robert Wells tentou resolver o paradoxo da fórmula ao abordar o problema da forma oposta: cientistas examinaram a possibilidade de nosso planeta e dos sinais de vida racional serem visíveis para nossos potenciais vizinhos.
Os resultados revelaram que a probabilidade de a Terra — ou qualquer outro planeta do nosso Sistema Solar — ser vista é de apenas 2,5%. Por isso, somente alguns habitantes de outros planetas poderiam analisar terráqueos usando aparelhos como Hubble e Kepler. No total, representantes de 65 mundos podem ver Mercúrio e nosso planeta pode ser observado somente de 9 mundos.
Estes nove planetas estão localizados em áreas, por exemplo, da estrela anã laranja HAT-P-11 (constelação de Cisne), do assim chamado "Júpiter quente" WASP-68b (constelação de Capricórnio), quatro planetas no sistema WASP-47 (constelação de Aquário), planeta em formação LkCa 15b na (constelação de Auriga), gigante gasoso perto da estrela 1RXS 1609 (constelação de Escorpião) e planeta WD 1145+017 (constelação de Virgem).
Ainda nos anos 60, Frank Drake elaborou uma fórmula para calcular quantas civilizações alienígenas existem. A fórmula apontou para muitas civilizações, no entanto, até hoje nenhuma foi encontrada. Com informações do Sputnik.
Fontes:https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/13/ciencia/1499967116_043113.html
http://alem-da-via-lactea.blogspot.com/2016/07/mapa-em-3d-com-12-bilhoes-de-galaxias.html
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/11/vida-complexa-so-pode-existir-em-10-de-todas-galaxias-dizem-pesquisadores.html
https://www.bayerjovens.com.br/pt/materia/?materia=dois-http://www.jornaldealagoas.com.br/pop-e-arte/14608/2017/12/27/astronomos-asseguram-existir-9-planetas-com-possibilidade-de-vida-de-galaxias