
A bioquímica é uma área interdisciplinar que tem como objetivo estudar os processos químicos que ocorrer em organismos vivos, esse processos vão de processos celulares à processos macro como, por exemplo, a queima de carboidratos durante a prática de exercícios físicos. No ensino médio são apresentados alguns dos conceitos mais importantes dessa área, a conceituação de carboidratos, lipídios e proteínas é um dos temas recorrentes.
Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Glicídios, hidratos de carbono e açúcares são outros nomes que eles podem receber.
São as principais fontes de energia dos sistemas vivos, uma vez que a liberam durante o processo de oxidação. Participam também da formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos.

Eles fornecem glicose, que se converte em energia para diversas funções básicas do corpo e atividades intelectuais.
Acredita-se que o cérebro humano use até 25 por cento da energia do corpo e até 60 por cento de glicose no sangue em nosso sangue.
Mas a ingestão de carboidratos também interfere na prática de atividades físicas. Ela irá te auxiliar a ganhar ou perder peso, por exemplo.
Um ponto que devemos deixar claro é que como tudo em excesso – ou em falta – faz mal, é preciso estar sempre atento à quantidade e qualidade dos carboidratos que você está ingerindo durante o dia.
Quando falamos em carboidratos na alimentação, estamos falando de alimentos ricos em amido e glicogênio e açúcar.Após a digestão, eles aumentam a glicemia sanguínea, que é a concentração de glicose (açúcar) no sangue e a produção de insulina.
Os carboidratos mais fáceis de serem digeridos são os carboidratos simples, enquanto os de digestão mais lenta são conhecidos como carboidratos complexos. Essa velocidade na digestão é conhecida como índice glicêmico.
Para a associação correta dos carboidratos à alimentação é preciso estar atento ao consumo diário, e não em horários específicos como, por exemplo, não ingeri-los após as 17h.
É muito importante saber quais alimentos são ricos em carboidratos simples e quais são ricos em carboidratos complexos, pois esse será o diferencial em sua dieta de acordo com seus objetivos.
Quando os carboidratos não são utilizados na manutenção do nosso organismo, eles são armazenados na forma de glicogênio nos músculos e no fígado, e quando esses “depósitos” ficam cheios, o glicogênio é convertido em gordura.

São Classificados:
- Monossacarídeos: Os de constituição mais simples, denominados de monossacarídeos, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses, quando constituídos de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono, respectivamente. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses.
- Dissacarídeos: são moléculas solúveis em água resultantes da união de dois monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos de dissacarídeos bastante conhecidos.
- Polissacarídeos: são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.
Alimentos Ricos em Carboidratos
- Quem considera o carboidrato um vilão da dieta deve repensar este conceito. Para aqueles que querem uma vida saudável, rejeitá-lo pode ser um tiro no pé. É justamente a ingestão deste nutriente que dá a chance do “bom emagrecimento”, ou seja, aquele em que a perda de peso significa perda de gordura.
- “A gordura é nosso estoque de energia. Se você não come carboidrato, que também é uma fonte de energia, seu corpo vai segurar a gordura para um momento de emergência e você vai perder músculos”, explica a nutricionista Mayra Madi, da Clínica Andrezza Botelho. A questão é quanto e qual carboidrato comer.
- De acordo com a nutricionista funcional Luciana Harfenist, o consumo exagerado do carboidrato é o “mal nutricional do século”. Isso porque faz crescer índices de obesidade em todo o mundo, e pela relação direta que tem com a diabetes (afinal, “todo carboidrato é fonte de açúcar”, como lembra Mayra). Por isso, é preciso maneirar nas quantidades.
- “De modo geral, hoje, trabalho com a parcela de carboidratos sendo de 40% a 45% do total de calorias ingeridas. Mas a quantidade vai ser proporcional à sua necessidade metabólica e é diferente para cada um. A necessidade de energia vai ser proporcional à quantidade de energia que você gasta”, orienta Luciana.
- Segundo Mayra, outra forma de observar se está abusando do nutriente é avaliar a sua alimentação. “Em um prato balanceado, metade tem que ser de verduras ou legumes, crus ou cozidos; um quarto de carboidratos e um quarto de proteínas”, diz. Aliás, o carboidrato deve estar presente em todas as principais refeições. Só tome cuidado em relação ao jantar se sua rotina for de comer e ir deitar – nestes casos, pode ser mais interessante parar de ingeri-los mais cedo, já que o organismo não precisará de tanta energia.
- Além da quantidade, também preste atenção na qualidade do alimento, pois existem carboidratos simples e complexos. Os simples, ou refinados, que são os mais comuns, como os do pão francês e do arroz branco, têm alto índice glicêmico – ou seja, provocam um pico de energia no corpo e têm rápida absorção. Já os complexos, como os alimentos integrais, têm baixo índice glicêmico, geram menos insulina no sangue e são absorvidos lentamente, o que ajuda na prevenção da diabetes e do acúmulo de gordura.
- A diferença não tem a ver com a quantidade de calorias, que são muito parecidas entre todos os carboidratos, explica Mayra, mas os carboidratos complexos são mais recomendados, a não ser em situações de grande esforço físico em que é preciso de um pico de energia imediato. “O carboidrato é fundamental para quem quer ganhar músculos. Para ter bom humor, é preciso de carboidrato; e para quem estuda também. A falta do nutriente gera fadiga, cansaço e perda de cognição. A questão é qual carboidrato. Sempre é preciso um carboidrato mais integral, que é melhor”,
- Agora, para que você inclua os carboidratos certos na sua dieta (não se esquecendo de moderar na quantidade), veja uma lista elaborada com a ajuda das nutricionistas Mayra Madi, Luciana Harfenist e Dalyla Formagine, da Estética Duarte e reavalie sua rotina:

Pães
Eles estão muito presentes na nossa alimentação, mas a dica principal é: sempre que possível, opte pelos integrais, preparados com farinhas especiais. Eles são cheios de fibras, o que vai nutrir melhor o seu corpo, além de ajudar com que a liberação de açúcar seja feita de forma mais lenta no sangue.
Mas como toda regra tem exceção, para atletas e pessoas com atividades físicas muito intensas, pode ser interessante comer produtos de carboidratos simples e farinhas refinadas, já que elas dão energia imediata, antes ou depois da atividade.

Batata-doce
Como tem baixo índice glicêmico, a batata-doce não libera pico de açúcar no sangue. Isso faz com que a pessoa fique mais bem-disposta do que se estivesse comendo um carboidrato simples.
Um pico muito grande de insulina, e a posterior queda dela muito rapidamente, gera cansaço. Por isso sentimos aquele sono depois do almoço quando comemos carboidratos simples em grande quantidade.
Outros benefícios da batata-doce é que não contém glúten e pode ajudar na compulsão do açúcar, já que o sabor adocicado é fruto de uma enzima que ela possui. Uma dica de Luciana é substituir o pão por batata-doce e preparar chips assados do alimento para o lanche.

Arroz
O branco, tradicional, é rico em carboidrato simples. Por isso, embora seja recomendado para atletas, por exemplo, deve-se tomar cuidado com a quantidade ingerida.
Já o integral é mais recomendado, mas como nem todo mundo se adapta ao sabor desta versão, Mayra sugere ir cozinhando porções de arroz integral e branco juntas para adquirir costume com o sabor. Já o arroz preto, que além de carboidratos é rico em flavonoides e fibras, é uma dica de Luciana para o preparo de risotos (neste caso, também substitua a manteiga por azeite).
Outra dica da nutricionista funcional é sempre incluir um vegetal nas receitas, o que vai reduzir a quantidade de carboidratos ou deixar mais lenta a absorção deles. “A fibra atrapalha um pouco a absorção do carboidrato”,

Cereais
Quinoa, amaranto, aveia e outros cereais são ricos também em proteínas, o que ajuda a metabolizar o colesterol, diz Mayra.
A quinoa, por exemplo, foi declarada alimento do ano em 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ser riquíssima em aminoácidos. Como fonte de carboidrato, pode substituir no dia a dia os nutrientes mais simples.
Uma sugestão de Luciana é criar em casa sua própria granola, com flocos de quinoa, amaranto e milho, além de nozes e amêndoas, que podem ser misturados em receitas de lanches e café da manhã. “Aumentar os nutrientes 'lentifica' a absorção de glicose”

Milho
Segundo Mayra, milho é carboidrato, e por isso é preciso tomar cuidado com misturá-lo com outras fontes deste mesmo nutriente. Ele tem ainda bastante fibra,
Mel
Ele é rico em energia, com carboidratos como glicose e sacarose, além de poder ser funcional (quem é que não lembra dele na hora da gripe?), mas sua ingestão precisa ser feita com cuidado pois também é fonte abundante de açúcar e calorias.
Tapioca
Segundo Dalyla, é uma fonte boa de carboidrato porque tem baixo índice glicêmico e libera a glicose de forma mais lenta do que o pão simples, por exemplo.

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