
Quem não se lembra de Caco Antibes, personagem de Miguel
Falabella no programa de humor – Sai De Baixo, que se descreve como um
príncipe dinamarquês. Brincadeiras a parte, a Dinamarca sempre foi
colocada no programa como conceito de cidadãos de nobre estirpe e um
relatório da felicidade mundial emitido em 2013 pela Organizações da
Nações Unidas – ONU, declarou a Dinamarca como o país mais feliz e
Copenhague como a cidade mais habitável do mundo.
A cultura dinamarquesa é conhecida pela arquitetura, arte, música,
filmes, teatro, balé e ópera. A maior parte dos dinamarqueses vive uma
vida tranquila e tem um estilo de vida moderna.
A
Dinamarca é apontada como um dos países mais ricos do mundo, e de entre
os vários factores que podem ser avançados como causa, o elevado nível
de produtividade é, sem dúvida, um dos que encabeça a lista. Uma cultura
muito positiva e auto--favorecedora que se expande às organizações,
explica parte do fenómeno.

Com
uma economia francamente saudável, crescendo anualmente quase sempre a
um ritmo superior ao dos restantes países da União Europeia, este país
tem um dos PIB per capita mais elevados, a contrastar com o cenário português.
Menos concreto, mas igualmente indicador de sucesso, é o 1º lugar que a Dinamarca ocupa no ranking
de povos que se auto--classificam como os mais felizes do mundo, pelo
que a cultura merece um foco especial, numa referência ao país.
A
formar mais um contraste com as características lusas, desta feita
cultural, os dinamarqueses, em traços gerais, são confiantes, não se
prendem por convenções sociais, são fortes defensores do que constroem e
dão primazia ao produto dinamarquês, vêm a vida pelo lado prático e
sabem viver. Donos de uma mentalidade que os beneficia, os dinamarqueses
no trabalho são, além de produtivos, muito rigorosos, altamente
profissionais e sustentam uma fortíssima noção de gestão de pessoas. Um
conceito que parece indispensável e absolutamente enraizado na Dinamarca
está ainda na fase da teoria em Portugal, com grande défice de
valorização e aplicação prática.

Copenhague
Na
cultura organizacional típica dinamarquesa, gerir pessoas é sinônimo de
desenvolver potenciais, com a perfeita consciência de que o
profissional e o ser humano são indissociáveis. A componente da vida
pessoal é, antes, altamente valorizada e entendida como mais um vector
em estreita ligação com a produtividade. Todo o sistema coopera a favor
do bem-estar no trabalho e fora dele, sendo o processo de
responsabilização feito pela via da liberdade e confiança, o que é
perfeitamente integrável num povo altamente focado no cumprimento de
regras, respeitador, e com um forte sentido de honestidade.
Em
benefício da qualidade de vida, o horário de saída na Dinamarca em
média não vai além das 16h30, e não só é suposto, como é natural que
seja respeitado. A carga de trabalho é adequada à carga horária que, por
regra, ronda as 7 horas por dia, com cerca de meia hora de almoço,
atingindo níveis de produtividade altamente satisfatórios.
O
tempo é muito valorizado, e 5 minutos de atraso sem aviso prévio podem
ser suficientes para o cancelamento de uma reunião neste país. O rigor
não é descurado e está a favor de um profissionalismo levado à letra,
sendo o conceito relativo do “mais ou menos”, ao jeito português, pouco
tolerado na Dinamarca.

Copenhague
O
conceito de motivação está, por arrasto, muito desenvolvido, e não
passa apenas pela componente salarial. Boas condições de trabalho e a
noção da necessidade de evolução, formação, e valorização permanente de
cada membro, estão na base de níveis de desempenho altamente
satisfatórios. A teoria dinamarquesa advoga que os recursos humanos só
encontram condições de atingir o seu potencial e desenvolver-se
positivamente quando bem geridos. Inserido está, ainda, o conceito
absoluto de valorização pelo mérito, em que os bons resultados são
estrategicamente enaltecidos, numa cultura pró-competência, informal e
completamente anti-doutores.
Outros tantos elementos culturais, ao serviço do sucesso do país, poderiam ainda ser apresentados.

Copenhague
Seguindo
o exemplo da Dinamarca, ou de outros, é indispensável a Portugal uma
viragem cultural, que se arraste não só às organizações, como à
mentalidade geral de um povo, ainda pouco consciente do seu papel em
prol do país. É também nas novas gerações e muito nas que se aventuram
por experiências além fronteiras, ganhando uma visão mais abrangente e
mais completa do país, que está parte da matéria que pode fazer uma
viragem de postura, de mentalidade e de cultura em Portugal.



Castillo de Rosenborg (Dinamarca)

http://visaocontacto.blogs.sapo.pt/36348.htmlFuente: http://www.arqhys.com/fotos-del-castillo-de-rosenborg-dinamarca.html
O pais onde os magnatas portugueses nao gostavam de viver. Nao ha lugar para corruptos.
ResponderExcluir