
Um assunto atual e popular e ao mesmo tempo preocupante se chama “Poluição atmosférica”. Se você se acha uma pessoa informada, mas conhece apenas o CO2 como vilão da história, está na hora de se atualizar sobre os principais poluentes atmosféricos e seus efeitos no organismo.

O CO2 (dióxido de carbono) ficou mais conhecido entre os poluentes por ser aquele que leva a mais danos em nossa saúde e mesmo assim sua emissão aumenta a cada dia mais. É proveniente da queima incompleta de combustíveis usados em veículos automotivos, quando atinge a atmosfera adquire a forma de CO (monóxido de carbono), esta forma é responsável por problemas respiratórios e pode afetar nosso sistema cardiovascular.
O CO é liberado também em processos industriais e na fumaça de cigarro. Estudos comprovam que nestes casos, o efeito cumulativo está associado a hemorragias, náuseas, diarreias, pneumonia, perda de memória e outros males.

Outro poluente perigoso é o dióxido de Nitrogênio (NO2), este gás é liberado no ambiente pelas Centrais termoelétricas, e está relacionado com problemas respiratórios. Nestas centrais são queimados combustíveis fósseis para gerar energia, como por exemplo, petróleo, gás natural ou carvão, todos estes são poluentes em potencial.

O dióxido de Enxofre (SO2) é emitido também pelo processamento em Centrais termoelétricas, e está envolvido em problemas cardiovasculares.
Os espaços propícios para a concentração da poluição atmosférica são os locais afastados do litoral e regiões abrigadas (pouco ventosas), nestes locais existe uma maior concentração de poluição, pois o ar não se movimenta e os gases acumulam-se.
Os espaços desfavoráveis para a concentração da poluição atmosférica são as regiões litorais ou montanhosas, onde o ar é ascendente, nestes locais existe uma menor concentração de poluição.
Nos países desenvolvidos verifica-se uma maior concentração de poluição atmosférica, devido ao grande nível de industialização e ao modo de vida das pessoas que utilizam demasiado os automóveis, os CFC’s, etc. No entanto este problema cada vez mais se estende aos países em desenvolvimento, devido a esses países começarem a utilizar cada vez mais automóveis e a ter cada vez mais fábricas.
As condições geográficas e meteorológicas também são muito importantes para o agravamento ou diminuição do efeito da poluição do ar.
O “Smog” define-se como uma combinação de fumo e de nevoeiro em áreas urbano-industriais.
O Smog surge em situações de nevoeiro, a sua formação é favorecida pelos focos de poluição, que aumentam o número de núcleos de condensação (poeiras ou partículas diversas) na atmosfera saturada ou quase saturada.
As consequências do Smog são:
- A inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em condições de grande arrefecimento noturno.
- O Smog provoca diretamente nas pessoas asma, bronquite, problemas respiratórios e cardíacos.
- A concentração de fumos à superfície.
Algumas cidades que sofreram o Smog:
- Los Angeles, é uma cidade que sofre grandes problemas de contaminação pelo smog.
- Londres, foi onde ocorreu a situação mais grave, no ano de 1952, devido à conjugação de vários fenômenos meteorológicos.
As chuvas ácidas formam-se coma libertação de dióxido de enxofre e de óxido de azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Esses gases que foram libertados para a atmosfera são levados pelos ventos para as nuvens.
A combinação destes gases com o oxigénio e o vapor de água contido nas nuvens, dá origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, formam-se as chuvas ácidas.
Com a precipitação, as chuvas ácidas originam a acidificação dos solos, que vai prejudicar a agricultura e as espécies de árvores e plantas que vão nascer. Outra consequência é a destruição da vegetação e a contaminação da água, que é muito prejudicial para a vegetação assim como para os animais.
As chuvas ácidas embora afectem mais as regiões industrializadas da América do Norte (EUA e Canadá) e da Europa (Alemanha , Áustria, Polónia, República Checa, Escandinávia), devido à emissão de dióxido de enxofre e à queima de petróleo e carvão,são um problema global visto que os ventos transportam as partículas poluentes.
Uma das consequências da poluição atmosférica é o Efeito de Estufa. O sol é constituído por radiações ultravioletas, infravermelhos, entre outras que atravessam a atmosfera, mas nem todas chegam à superfície, pois a mesma absorve, difunde e reflecte parte dessa radiação (função de filtro).
A crescente emissão de dióxido de carbono é prejudicial, pois o CO2 permite a passagem da radiação solar para terra mas depois funciona como uma barreira, não deixando sair o calor que é reflectido pela superfície terrestre, então o calor fica concentrado formando o Efeito de Estufa.
Este fenômeno atinge mais os países desenvolvidos, por serem os maiores emissores de dióxido de carbono.
Na atualidade as regiões menos desenvolvidas e industrializadas também são afetadas por este problema, devido à queima das florestas tropicais e fenômenos naturais (erupções vulcânicas).
Este processo tem duas consequências:
Ø O aquecimento global do planeta, o que pode provocar a fusão do gelo das regiões polares e a subida dos oceanos, com a submersão das regiões litorais.
Ø Alterações climatéricas que poderão acelerar o avanço da dos desertos (desertificação).
A existência de ozono na estratosfera é vital para a Terra, pois absorve grande parte da radiação ultravioleta. O ozono é assim indispensável, protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta, embora ao nível do solo seja prejudicial para a saúde e para o ambiente.
A destruição da camada de ozono provocada pelo cloro origina variações do clima (aquecimento global) e poderá acabar com a vida na terra.
Tem-se assistido à destruição da camada de ozono, ou seja, o aumento do “buraco” na camada de ozono, esta situação é mais preocupante nos pólos pois corre-se o risco de derreter os pólos, aumentando desta forma o nível médio das águas do mar.
Actualmente tenta-se substituir os CFC (muito prejudiciais para a camada de ozono), por outros que não provoquem danos ambientais, pois se a camada de ozono é destruída será o fim da vida na terra.
Durante as últimas décadas o homem tem transformado as paisagens e a própria natureza:
A poluição atmosférica está a conseguir alterar o clima do planeta
ê
|
ê
|
ê
|
ê
|
Aumento do Efeito de estufa
|
Aumento global das temperaturas
|
Degelo dos calotes
|
Subida do nível das águas do mar
|
Toda esta cadeia de problemas põe em perigo
O planeta e o próprio homem
ê
Destruição das florestas tropicais
ê
Também tem contribuído para as alterações climáticas e para o avanço
dos desertos (desertificação).
Os cientistas têm vindo a apelar para a intervenção dos governantes e das populações em geral, devido ao agravamento dos problemas relacionados com a atmosfera.
Para combater o smog, as chuvas ácidas, o aumento do efeito de estufa, a destruição da camada de ozono e alterações climáticas, foram adoptadas medidas de preservação da Natureza, tais como:
Ø A redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera;
Ø A utilização de filtros nas chaminés das fábricas;
Ø A promoção de energias alternativas, não poluentes;
Ø A eliminação da utilização de CFC;
Ø A utilização de tecnologias “limpas”.
Ø A promoção da reciclagem;
Ø A reutilização de determinados produtos, por exemplo a utilização de garrafas de vidro em substituição das de plástico descartáveis;
Ø A redução na utilização de determinados produtos mais poluentes, como o plástico.
Com este trabalho pretendi dar a conhecer as consequências da poluição atmosférica, assim como soluções para atenuar os seus efeitos.
A poluição atmosférica provoca o smog, as chuvas ácidas, o efeito de estufa, a destruição da camada de ozono e alterações climáticas. Estes problemas têm vindo a agravar-se, devido à constante emissão de dioxido de carbono proveniente dos automóveis, das fábricas, dos incêndios e da utilização de pesticidas.
Se este problema se continuar a agravar, provavelmente haverá a destruição da camada de ozono, o que vai terminar com a vida no planeta Terra.
Diciopédia 2003, Porto Editora.
Geo ambiente e sociedade, edições ASA
Enciclopédia do Conhecimento.