
Parece
ficção, mas é uma arma de guerra
O protótipo inglês batizado de
Taramis (deusa dos raios) representa uma aeronave controlada por militares em
solo, capaz de atingir alvos até em outros continentes.
A arma ainda está em fase de
estudo
Nesta semana, a BAE Systems divulgou imagens dos
primeiros voos do protótipo do Taranis, realizados em 2013.
A aeronave não-tripulada é capaz de realizar
missões intercontinentais, é difícil de detectar e pode atacar alvos no ar e em
terra.
O drone também pode ser controlado a partir de
qualquer lugar do planeta por um piloto em terra. No entanto, o Taranis também
pode funcionar sozinho, sem intervenção humana.
O Ministério da Defesa britânico, que financiou
parte do projeto, disse que não vai usar o Taranis no modo autônomo.
A novidade é a capacidade da aeronave de atingir um
alvo localizado a uma grande distância, inclusive em outro continente.
"Uma pesquisa de março do ano
passado (da consultoria YouGov) mostra que o público americano é
majoritariamente contra as armas autônomas e apoia os esforços para proibi-las.
E o interessante é que esta é a opinião predominante entre membros, ex-membros
e familiares de membros das Forças Armadas (dos Estados Unidos)"
Há mais de duas
décadas, Mark Gubrud, pesquisador do Programa sobre Ciência e Segurança Global
da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, luta pela criação de regras
para o controle de armas robóticas autônomas.
Gubrud conta que faz campanha
contra o uso de armamento autônomos há 25 anos e que vê uma oposição
generalizada à produção do que chama de "robôs assassinos".
Gubrud cita como exemplo de armamentos autônomos em
uso as minas antipessoais, que seriam um tipo de "robô extremamente
simples, que pode estar ativado, o que o faz explodir, ou esperando para ser
ativado".
Como exemplos mais avançados, ele cita robôs
sentinelas sul-coreanos, capazes de identificar intrusos humanos de forma
autônoma dentro de uma área determinada, de "disparar também de forma
autônoma, ou de ser instruídos de forma remota para abrir fogo".
Gubrud também cita mísseis, já existentes, que
procuram um alvo específico fora do campo visual, mísseis terra-ar ou ar-mar
que, segundo ele, têm uma tecnologia que permite distinguir o alvo real de
outros falsos, um tipo de navio de outro tipo de navio.
Para Gubrud, não estamos muito distantes de um
cenário em que um robô, como o da série de filmes Exterminador do
Futuro, é acionado para realizar missões específicas
em situações de conflito.
"O 'Exterminador' era um robô assassino. E veja
o que está acontecendo hoje em dia: uma das mais importantes missões das
aeronaves controladas de forma remota (drones) é matar".
O pesquisador acreditar que quanto maior for a
automatização, maior será o risco de perda de controle.
"Se você pensar em um sistema de confronto
automático, no qual exércitos de robôs se enfrentam, pode imaginar como seria
difícil para uma equipe de engenheiros desenvolver (a tecnologia necessária) e
conseguir garantir sua estabilidade no longo prazo?"
Controle
humano
O pesquisador afirma que é preciso deter o
desenvolvimento destes robôs autônomos o mais rapidamente possível - antes que
o desenvolvimento deste tipo de armamento avance.
O primeiro passo neste sentido seria divulgar sua
existência. O próximo seria lutar pela criação de regras e protocolos que
regulamentem o desenvolvimento da tecnologia.
"Acho que os princípios mais fortes para
basear uma proibição de armas autônomas são os da humanidade: os humanos sempre
devem ter o controle e a responsabilidade do uso de uma força letal",
disse.
"É uma ofensa à dignidade humana que existam
pessoas submetidas à violência por decisão de uma máquina, ou que estejam
sujeitos à ameaça do uso da força por parte de uma máquina, ou que um conflito
entre humanos seja iniciado por uma máquina de forma involuntária."
"É um direito humano não ser morto por uma
decisão de uma máquina. Este é um princípio moral muito forte, com uma atração
universal. E esta deve ser a base para proibir as armas autônomas."
Para ele, é preciso definir um regime de controle
de armas "que implica que os estados aceitem estes princípios e que os
ensinem nas academias militares e que não tenham armas autônomas".
Mas, Gubrud também é realista e acredita que as
principais potências mundiais resistirão a qualquer tentativa de proibir as
armas autônomas.
"Certamente os Estados Unidos são os mais
importantes; têm uma política declarada a favor de seu desenvolvimento. A China
vê uma oportunidade também e já têm sistemas que seriam preocupantes.
O mesmo com a Rússia e o Reino Unido."
Mark Gubrud

Um avião pilotado remotamente, um DRONE (sem pilotos) lança um míssil em ataque a um objetivo militar.

Em breve os robôs poderão substituir os homens em várias áreas de atuação do ser humano.

Apelidado de AlphaDog, o Legged Squad Support System (LS3) é o novo robô desenvolvido por cientistas americanos com a intenção de auxiliar tropas militares. Anatomicamente parecida com um cachorro gigante ou um cavalo, a máquina é capaz de reconhecer comandos verbais e visuais dos seres humanos.

Robô “Gladiador”, atualmente em uso pelos fuzileiros americanos

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