"Somos Físicos". Assuntos diversos relacionados a Ciência, Cultura e lazer.Todos os assuntos resultam de pesquisas coletadas na própria internet.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

DISCOS VOADORES

A ideia de que estamos sozinhos no universo não parece muito aconchegante para uma espécie tão sociabilizada quanto a nossa. O ser humano, desde os primórdios, sempre teve a necessidade de interação e de se sentir acolhido por um grupo. Por isso, não é de se estranhar que ao olharmos para o céu, a imensidão e o silêncio do cosmos nos cause uma profunda angústia, a ponto de sentirmos a necessidade de imaginar que há, de fato, muitas outras civilizações entre as estrelas. Porém, as evidências não batem com os nossos anseios. 
A forma como a qual a vida evoluiu no nosso planeta até os seres humanos foi extremamente sinuosa e cheia de acasos. Nós, como seres inteligentes, somos um verdadeiro milagre probabilístico. Foram necessárias extinções em massa, mutações genéticas aleatórias, mudanças favoráveis na geomorfologia do planeta e um grande golpe de sorte para que certas descobertas (como a descoberta do fogo, por exemplo) viessem a nos levar ao atual estágio de consciência e desenvolvimento. Imaginar que esses mesmos eventos tenham ocorrido de forma semelhante em outros mundos é algo muito discutível. 
Segundo as regras da probabilidade, se os eventos são aleatórios, então a chance da vida em outros planetas ser idêntica a da Terra é praticamente nula.
E o que isso tudo tem a ver com discos voadores? Simples: a probabilidade desses supostos OVNIS serem seres de outros planetas é irrisória. 
Vamos analisar melhor este fato através das evidências e da razão.
Analisando os relatos, os registros fotográficos e as supostas evidências de OVNIS, conclui-se que há um número exagerado de fraudes, lendas, confusões e enganos.
 Balões meteorológicos, aeronaves, estrelas, cometas e até aves são frequentemente confundidas com discos voadores. 
Até mesmo fenômenos naturais, como os parélios, por exemplo, são confundidos com a presença extraterrestre. Mas o que mais preocupa são as fraudes, porque as fraudes são criadas por pessoas de má fé querendo se evidenciar ou enganar os outros.
 E com o avanço da tecnologia e do aperfeiçoamento dos softwares de edição de imagens, criar fraudes virou quase uma brincadeira de criança. Truques fotográficos simples, como a perspectiva forçada, contrapondo um modelo próximo da câmera a uma paisagem ao fundo, podem responder por tais imagens.
 Fotografias de OVNIs
Outro problema são as descrições físicas dos tais alienígenas. Muitos dos supostos abduzidos descrevem os extraterrestres com uma aparência quase humana: postura ereta, cabeça alongada, olhos frontais, tronco, braços e pernas numa proporção e simetria idênticas à nossa. A probabilidade de seres de outros mundos serem tão parecidos assim conosco é quase nula. 
Para que eles se parecessem tanto com a gente, precisariam ter um genoma quase idêntico ao nosso. Observe, por exemplo, os outros animais aqui da Terra e compare-os conosco.
 Com uma minhoca, por exemplo, compartilhamos 40% do nosso DNA, e apesar dessa semelhança no genoma, ela se parece conosco? Já com as galinhas, temos 60% de genes em comum. E com um camundongo, nós compartilhamos cerca de 80% dos genes. Não nos parecemos muito com camundongos, galinhas ou minhocas, apesar da nossa semelhança genética. E o que dizer de seres de outros planetas? 
As 'árvores da vida' de outros planetas certamente são bem diferentes da nossa.
E por que os alienígenas se dariam ao trabalho de virem pessoalmente até um planeta que fica a centenas ou, talvez até, milhares de anos luz de seu planeta natal só para atormentar seus habitantes?
 Seria mais sensato que uma espécie alienígena enviasse sondas ou robôs para investigarem ou realizarem o trabalho. Virem pessoalmente até aqui seria arriscado demais, porque o nosso planeta provavelmente deve ser bem diferente do deles. 
A menos, claro, que a Terra tenha a mesma pressão atmosférica, a mesma quantidade dos mesmos gases na atmosfera, a mesma gravidade, a mesma umidade relativa do ar, a mesma temperatura e ainda assim, seria muito arriscado. 
Se um ser extraterrestre respirar o ar da Terra, é provável que até as bactérias que não são nocivas a nós os matem rapidamente. Sem falar nas bactérias nocivas, vírus e vermes que podem causar danos irreversíveis em organismos que nunca tenham tido contato com eles.
As abduções são também muito inconsistentes com os fatos.
 Só nos EUA, se fôssemos fazer uma média baseada nos relatos, teríamos cerca de uma abdução por minuto. E se as abduções são tão comuns, como é que não vemos elas ocorrerem em todo canto? Os governos não teriam como ocultar uma evidência desta proporção, se fosse mesmo verdadeira. E o detalhe é que no país vizinho dos EUA, o México, casos de abduções são raríssimos. Por que os ETs iriam gostar tanto de abduzir somente os norte-americanos, se para um ser extraterrestres somos todos da mesma espécie? 
É no mínimo sem sentido achar que os ETs percorreriam distâncias enormes no espaço só para abduzir os ianques. Além disso, está comprovado que grande parte das experiências de abdução ocorrem durante os sonhos. Durante a famosa paralisia do sono, as pessoas estão em um estado letárgico onde os músculos estão paralisados, mas a mente está semi-consciente. 
E aí que é possível ter visões com coisas ligadas a cultura.
 Uns sonham com bichos papão, outros com fantasmas, outros com demônios, outros com ETs...
Meu ,Para de Usar Drogas
Os crop circles (círculos nas plantações) não evidenciam presença alienígena, porque eles usam símbolos pertencentes à cultura humana, além de serem facilmente construídos com instrumentos adequados. E o estranho é que oscrop circles são feitos, em sua maioria, na Inglaterra. Sem falar que os crop circles começaram com círculos simples e foram ficando cada vez mais sofisticados e cheios de detalhes. 
Os implantes alienígenas também já foram consideradas 'provas' das abduções. 
Mas analisando-os cientificamente, descobriu-se que eles são apenas má formações em tecidos, caroços, sinais ou pequenos objetos que se alojaram no corpo acidentalmente.
Por que os ETs construiriam estátuas humanas?

Com relação à teoria dos Antigos Astronautas levantada por Erich von Däniken, seria necessário um post inteiro para contra argumentá-la. Mas, a princípio, essa teoria simplesmente pega vários vestígios arqueológicos que ainda não são totalmente explicados e os associa a seres extraterrestres. Portanto, isso serve apenas como hipótese, e não como uma verdade.
 O que eu não entendo é o que motivaria seres de outros planetas a virem até a Terra para construir esculturas de pedra e depois irem embora para sempre sem deixar vestígios.
 E é a falta de evidências, de provas e de vestígios que tornam essa teoria pouco consistente.

Verdade ou Mito

DISCOS VOADORES I

Alex Raymond

Alex Raymond

Foi ele quem deu vida a Flash Gordon – o clássico super-herói do espaço sideral – trabalho que lhe colocou em destaque; e foi ele quem inspirou muita gente, inclusive George Lucas, que atribui ao ímpeto do trabalho do artista para imaginar o universo de Star Wars.

DISCOS VOADORES – SUA VERDADEIRA ORIGEM

Discos voadores não existem. Entretanto, se incluem no imaginário popular, com base no ditado: a mentira repetida mil vezes, torna-se verdade.
Quem inventou os discos voadores, sem propósito de afirmar que eles existiriam, foi o notável americano Alex Raymond, desenhista de HQ  - histórias em quadrinhos - criador do atleta Flash Gordon, ex-universitário de Yale e de sua namorada Dale Arden, na série “Flash Gordon no Planeta Mongo’’.

Publicadas inicialmente em 1933 no New York American Journal, a referida série provocou, de imediato, o aumento de tiragem daquele diário.

Alex Raymond era do tipo apressado; ansioso pela velocidade, ante a lerdeza do mundo no início do século 20. Buscando uma compensação para seu estado de espírito, encontrou em suas histórias interplanetárias, uma forma de ver as coisas sempre  rápidas e modernas.
Naquela época, um objeto  veloz era o torpedo lançado por submarino. Raymond colocou asas nos torpedos e os transformou em naves espaciais. O seu traço é maravilhoso. Os seus desenhos em preto e branco, possuem sombras acentuadas, lembrando os filmes da época, num vigoroso contraste bicolor.  Certamente pensava em tecnicolor  mas o jornal era impresso em preto e branco...
Vendo em funcionamento uma daquelas piorras que zunem girando em alta velocidade, Alex Raymond criou uma esquadrilha de piorras voadoras girando sobre si mesmas, ao mesmo tempo deslocando-se em alta velocidade e projetando luzes mortíferas. Esses “discos voadores” saíram dos reduzidos espaços gráficos das histórias em quadrinhos e ganharam as telas de cinema em todo o mundo; e daí, para o imaginário popular. Esta é a explicação sobre os discos voadores.

No livro “Flash Gordon no Planeta Mongo”  editado  em 1933, comprova-se também que Alex Raymond inventou a minissaia para Dale Arden, namorada do Flash Gordon. 


Muitos anos após, em 1962, a costureira londrina  Mary Quant aproveitou a idéia de Raymond e lançou a minissaia.

Outras invenções do grande desenhista, igualmente saíram de sua prancheta de desenhos: o raio laser, o radar, a televisão, a telefonia celular, a astronáutica, a fotocélula e a plataforma vertical de lançamentos de naves espaciais.
Alex Raymond leu os antológicos escritores Júlio Verne e H.G. Wells. Em seguida escreveu: Cheguei à conclusão de que a história em quadrinhos é arte. Reflete a vida e o tempo com mais precisão artística, do que a ilustração de revista, por ser criativa. Um ilustrador trabalha com modelos e câmeras fotográficas; um desenhista de história em quadrinhos começa com uma folha de papel e “sonha” inteiramente com sua obra – ele ao mesmo tempo é roteirista de cinema, diretor, editor e ator.

Alex Raymond nasceu na cidade de  New Rochelle em 1909; faleceu em 1956 num acidente de carro em... alta velocidade...


M.R.Gomide – jornalista
mrgomide@yahoo.com.br

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

VIAGENS INTERESTELARES

Enterprise-Star Treck
Certo dia o site de um jornal de grande circulação em São Paulo publicou a notícia da descoberta de um exoplaneta: o GJ667Cc.
Situado na constelação de Escorpião, o astro está a 22 anos-luz da Terra. Curioso é que, entre os comentários dos leitores, muitos alegavam que uma viagem até lá “levaria 22 anos”. Será?
  Em primeiro lugar, é preciso entender que ano-luz não se trata de uma referência ao tempo consumido em eventuais viagens espaciais. Segundo a União Astronômica Internacional (UAI), ano-luz é o período em que a luz atravessa no vácuo durante um Ano Juliano (365,25 dias). Logo, trata-se de uma medida de comprimento usada para simplificar gigantescas distâncias entre a Terra e corpos celestes.
Cada ano-luz corresponde a 9.460.730.472.580,8 quilômetros de distância. Entretanto, é muito comum vê-la ser “arredondada” para 10 trilhões de quilômetros. Isso porque o termo ano-luz é mais difundido em publicações não segmentadas em ciências que na própria comunidade astronômica. Astrônomos geralmente usam outra medida, o parsec – mas isso é assunto aos próximos textos.
Diante dessas constatações, o que seria necessário para que uma viagem ao GJ667Cc durasse 22 anos? Estar em uma nave espacial capaz de igualar a velocidade da luz: aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo.
Contudo, há um detalhe: mesmo que o homem já tivesse construído uma espaçonave apta a percorrer distâncias astronômicas, não seria possível atingir velocidade próxima à da luz imediatamente. Segundo Stephen Hawking, uma nave transportando humanos poderia acelerar até 98% da velocidade da luz em um período de seis anos. Consequentemente, o tempo da viagem ao GJ667Cc seria maior que esses 22 anos.
Para se ter uma noção, Alpha Centauri A (uma das três estrelas do sistema Alpha Centauri, também conhecida como Rigil Kentaurus ou Rigel Centaurus), segunda estrela fora do Sistema Solar mais próxima à Terra, está a aproximadamente 4,3 anos-luz da Terra. Sob 99,99% da velocidade da luz, haveria um acréscimo aproximado de 3h30 à ida até Centauri. Veja bem: a 99,99% da velocidade da luz durante toda a viagem!
Em dezembro de 2010, a NASA anunciou que a sonda Voyager 1, então a 17,3 bilhões de quilômetros distante do Sol, viajava a 17 quilômetros por segundo – apenas 0,0057% da velocidade da luz. Sob tal velocidade, a nave levaria cerca de 80 mil anos para chegar à Centauri A. Desse modo, uma viagem até GJ667Cc duraria mais de 400 mil anos!
Números como esses dão uma noção de quão distante estamos de realizar as ditas viagens interestelares pelo meio de viagem a bordo de uma espaçonave.
Stephen Hawkings

terça-feira, 13 de agosto de 2013

SONDA KEPLER


A sonda Kepler consiste em um observatório espacial projetado pela Nasa que deverá procurar por planetas extrasolares. Para esta finalidade, a sonda deverá observar as 100 000 estrelas mais brilhantes do céu por um período de quatro anos, a fim de detectar alguma ocultação periódica de uma estrela por um de seus planetas.
Kepler não deverá permanecer em órbita da Terra, mas sim em uma órbita de perseguição à órbita solar da Terra, a fim de que a Terra não oculte estrelas que estejam sendo observadas pelo observatório, além de este ficar distante das luzes da Terra. O observatório foi lançado em 6 de março de 2009.
A sonda tem uma massa estimada de 995 kg, e seu principal instrumento é um fotômetro de 0,95 metro de diâmetro. Ele tem um campo de visão aproximado de dois punhos fechados, na distância de um braço esticado. Deverá bater uma foto a cada três segundos e deverá custar em torno de 467 milhões de dólares.
A sonda Kepler está atualmente em operação. Os primeiros resultados principais foram anunciados em 4 de janeiro de 2010, estudos realizados na Terra sobre os dados das primeiras seis semanas, revelam cinco planetas antes desconhecidos, todos bem próximos de suas estrelas, um do tamanho próximo ao de Netuno e quatro do tamanho de Júpiter. Um deles, Kepler-7b é o planeta menos denso descoberto até agora.
Trata-se da primeira missão da NASA concebida para detectar planetas, rochosos como a Terra, que orbitem estrelas de que não estejam muito próximas nem muito afastadas, de modo que as temperaturas possam manter a água em estado líquido à superfície, condição considerada essencial ao desenvolvimento da vida.

   Colocada em torno do Sol, a sonda fará "um recenseamento planetário de grande importância para a compreensão da frequência do aparecimento dos planetas da mesma categoria de tamanho que a Terra na nossa galáxia (a Via Láctea)", explicou Jon Morse, diretor da divisão de astrofísica da NASA. 
Permitirá também "preparar futuras missões que detectarão diretamente e estabelecerão as características desses planetas em órbita de estrelas próximas", acrescentou o astrofísico. 


O telescópio espacial recebeu o nome em homenagem ao astrônomo alemão do século XVII  Johannes Kepler, a quem se deve a descoberta de que os planetas descrevem elipses em torno do Sol e não círculos perfeitos. 
Missão de três anos e meio

A missão Kepler, orçada em 600 milhões de dólares (477 milhões de euros), deverá perscrutar durante pelo menos três anos e meio mais de 100 mil estrelas semelhantes ao Sol situadas na região de Cisne e Lira da Via Láctea. 

A sonda deverá encontrar nessa "minúscula região" centenas de planetas do tamanho da Terra, ou maiores, e mais ou menos afastados da sua estrela. 

Se houver muitos planetas de tipo terrestre na zona considerada habitável do seu sistema solar, o telescópio poderá descobrir dezenas deles, segundo os responsáveis do projeto. 

Pelo contrário, se não os encontrar, isso poderá querer dizer que a Terra é uma exceção no Universo, segundo William Borucki, responsável científico da missão. 

Em busca de exoplanetas

O satélite europeu Corot, posto em órbita em 2006 para procurar exoplanetas (exteriores ao Sistema Solar), descobriu o mais pequeno até agora observado - com perto de duas vezes o diâmetro da Terra - mas muito próximo da sua estrela e muito quente, segundo anunciaram os astrônomos em Fevereiro. 

Desde 1995, foram descobertos 337 exoplanetas em torno de estrelas, mas todos muito maiores do que a Terra e situados em zonas onde a vida é impossível. 

O telescópio Kepler, cuja objectiva mede 0,95 metros de diâmetro, vai munido de numerosos sensores de luz com um total de 95 milhões de píxeis capazes de detetar fracas variações luminosas indicadoras da passagem de um planeta à frente da sua estrela. 

Essa intensidade luminosa mais ou menos grande e a sua frequência permitirão calcular o tamanho do planeta e a duração da sua rotação em volta do seu astro. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

SONDAS ESPACIAIS

São naves que carregam equipamentos de laboratório e câmeras para lugares ainda inacessíveis ao homem. Em Marte e em Vênus, os planetas mais próximos da Terra, várias sondas já pousaram. Outras passaram raspando por Mercúrio, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Só Plutão, o mais distante, ainda não recebeu nenhuma visita. Mas a participação dessas exploradoras espaciais começou bem mais perto, com a própria Lua, quando, ainda em 1959, a ex-União Soviética mandou suas primeiras sondas para lá. Uma delas, a Luna 3, fez as pioneiras fotos do lado escuro do nosso satélite. Entre as americanas, as estreantes foram as sondas Ranger, que tiraram mais de 17 mil fotos da Lua na década de 60. Essas imagens, claro, foram essenciais para que, em 1969, astronautas fossem levados para lá com relativa segurança. Depois da Lua, os soviéticos mandaram com sucesso esses equipamentos para Vênus: em 1975, suas sondas Venera 9 e 10 tiraram as primeiras fotos a partir da superfície de outro planeta.
Os Estados Unidos, no ano seguinte, fizeram o mesmo, só que em Marte, com as sondas Viking 1 e 2. E repetiram a dose 20 anos depois, com o famoso jipinho da missão Mars Pathfinder, o primeiro veículo a se locomover para fazer filmagens fora da Terra. Entretanto, o trabalho de uma sonda não é só de cinegrafista espacial. Ela carrega poderosos instrumentos capazes de analisar a composição química da atmosfera, a velocidade dos ventos e o relevo do solo, além da radiação e do campo magnético dos astros. Mesmo que a parte mais vistosa dessas jornadas sejam as imagens enviadas de volta à Terra, os outros equipamentos são fundamentais para mostrar segredos menos visíveis, mas muito mais surpreendentes. Os instrumentos das primeiras sondas a passar por Júpiter (as Pioneer 10 e 11, em 1974) detectaram um comportamento estranho na carga elétrica de partículas ao redor do planeta. A tradução dos resultados, para os cientistas, sugeria que Júpiter teria anéis, como Saturno.
Foi uma indicação reveladora, mesmo sem as Pioneer conseguirem imagens que provassem tal teoria. Isso só foi acontecer em 1979, quando outras sondas, as Voyager 1 e 2, foram mandadas direto para o planeta. Aí, sim: vistos de um ângulo diferente, os anéis finalmente deram o ar da graça e puderam ser filmados. Essa não foi a única novidade que as sondas encontraram por aquelas bandas. A própria Voyager 2, única nave que já passou por planetas mais distantes que Júpiter, descobriu dez novos satélites em Urano em 1986 - antes, só cinco eram conhecidos. Em 1989, foi a vez de Netuno: seis de seus oito satélites só foram revelados pela exploração da Voyager. O curioso é que tanto essa veterana quanto sua irmã funcionam até hoje. Sem nenhum planeta por perto, elas investigam as últimas fronteiras do sistema solar. De quebra, levam um alô da Terra para um eventual encontro com habitantes de outros planetas.
Aqui estão algumas das centenas de naves enviadas ao espaço.
Curiosity
Rosetta
Luna 3
Voyager
Artemis
Radiation Belt Storm Probes
Reuters/Nasa/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory / Ilustração da Nasa mostra as sondas Radiation Belt Storm Probes, que foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol afeta o entorno terrestre
Venera
Hayabusa
Sonda traz primeiras amostras de um asteróide
Juno
Mercury BepiColombo
Sonda que irá a Mercúrio passa por
Genesis
Messenger
Pionner
Mariner

BIG BANG-CIÊNCIA OU HIPÓTESE?

Ao se abordar o tema “Big-Bang” é preciso destacar alguns fatos importantes:
Trata-se de uma teoria que não pode ser alvo de comprovações. Afinal, como iríamos provar que de fato houve, no passado distante, uma explosão que deu origem a todo o universo?
De onde veio, então, esta idéia? É claro que a recusa à aceitação de Deus como a origem de tudo quanto existe tem muito a ver com toda essa história. Devemos, porém, destacar o fato de que a teoria do Big-Bang é, na verdade, uma conseqüência de outra teoria: a teoria do universo em expansão.
Muitos cientistas, hoje, aceitam a idéia de que o universo está em expansão. Ora, se isso é verdade, o universo, então, estaria se expandindo a partir de um determinado ponto. Nesse caso, restringindo-nos a um contexto inteiramente naturalista, surge a idéia da explosão nesse ponto como uma necessidade para que daí resultasse o universo em expansão.
Apesar de sua larga aceitação, alguns cientistas julgam hipótese do Big-Bang pouco plausível, especialmente no que diz respeito ao conceito de Uni­verso em expansão. Entretanto, a ideia de que o universo tenha começado com uma explosão parece hoje incorporada ao contexto da ciência, como se fosse um fato cientificamente comprovado.
Uma explosão dessa magnitude teria tido dois gases como subproduto: ba­sicamente, hidrogénio, mas também hélio, em menor quantidade. A matéria oriunda dessa explosão teria, então, sido lançada em todas as direções, daí conceito de universo em expansão.
Assim, evolucionistas são forçados a lançar mão do processo da evolução a partir do hidrogênio para justificar universo que temos. Por isso, dizemos que a teoria da evolução se refere a um suposto processo da natureza capaz de transformar um gás inodoro incolor como o hidrogénio em seres humanos e, de quebra, dar origem a tudo o mais que compõe o imenso universo que nos abriga.
Os adeptos da hipótese do Big Bang entendem, também, que essa explosão teria ocorrido há cerca de 15 bilhões de anos. De que modo eles chegam a essa conclusão? A resposta é, no mínimo, bastante curiosa, baseada no conceito do universo em expansão e na filosofia uniformitarista: certificando-nos de que o universo está mesmo em expansão, e admitindo-se que a veloci­dade dessa expansão sem­pre foi a mesma ao longodos tempos, a idade do uni­verso seria igual ao tempo decorrido para que toda matéria se concentrasse novamente no mesmo lugar se o sentido de seu movi­mento fosse revertido.
Ocorre, porém, que o movimento das estrelas não pode ser observado pela via direta e a filosofia uniformitarista também não parece adequada, uma vez que todo corpo posto em movimento tende a ter seu movimento desacelerado com o tempo. Assim, como saber se o universo está mesmo se expandindo e em que base?
único recurso seria a observação indireta desse suposto fato. Aplicou-se, então, o conhecimento que temos do efeito Doppler. Quando um feixe de luz incide sobre um instrumento deno­minado espectrômetro, o resultado é o espectro desse feixe, um tipo de arco-íris, revelando os vários comprimentos de onda que o compõem.
Observou-se que esse espectro era perfeito no caso de uma fonte parada em relação ao instrumento, mas que uma fonte em movimento apresentava distorções na faixa do vermelho, em um sentido, com a fonte se afastando do instrumento, e no sentido oposto, no caso da fonte estar se aproximando do espectrômetro.
Todo o trabalho, então se resumiria a submeter a luz de estrelas e galáxias e assim obter a confirmação de que elas estariam se afastando de um ponto fixo no espaço, garantindo que o universo está mesmo em expansão. Entretanto, quem conhece um mínimo de lógica sabe que aí há uma falha de raci­ocínio. Essa conclusão só seria plena se a única expli­cação para o referido desvio na faixa do vermelho fosse o movi­mento da fonte em uma ou outra direção. Há, contudo, algumas indicações de que isso não seja verdade.
Tem sido, por exemplo, sugerido que alguns efeitos físicos atuando sobre grandes distâncias causam uma depreção da energia dos fótons, produzindo esse tipo de desvio. Uma teoria recente afirma que colisões entre fótons pode ser também responsável pelo desvio na faixa do vermelho. Mas as dificuldades vão adiante: que devemos pensar se encontramos, num mesmo enxame de estrelas, dois objetos com desvios dis­tintos na faixa do vermelho? Ou se des­cobrimos dois objetos astronômicos, claramente interagindo entre si e, no entanto, também apresentando esse mesmo tipo de problema? Tais exemplos já foram encontrados na natureza.
São situações desse tipo que têm in­trigado alguns astrônomos, levando-os a contestar a interpretação baseada no efeito Doppler. Entre eles, encontramos Halton Arp, do Observatório de Hale.
Ora, é imaginando de modo reverso o processo do universo em expansão que chegamos à idéia de que tudo tenha começado com uma explosão há cerca de 15 bilhões de anos. Entretanto, se as evidências em favor dessa expansão podem ser contestadas, não podemos ter certeza de que a explosão do Big Bang tenha realmente acontecido, nem que a idade do universo seja essa.

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